Educação financeira para crianças não é apenas um conceito moderno, mas uma necessidade emergente em nosso mundo em constante evolução econômica.
Desde cedo, nossos pequenos são bombardeados com estímulos de consumo, tornando-se imperativo equipá-los com as ferramentas necessárias para navegar por um mar de decisões financeiras que enfrentarão ao longo da vida.
Dessa forma, neste artigo, exploraremos a importância desse aprendizado precoce, destacando como a formação financeira desde a infância pode impactar positivamente o futuro de uma criança e, por extensão, a sociedade como um todo.
Acompanhe para saber mais agora mesmo!
O que é educação financeira infantil?
Antes de entrarmos no tópico das crianças, você, que é pai ou mãe, consegue definir o conceito de educação financeira?
Diferentemente da matemática financeira, que se concentra em operações com dinheiro, a educação financeira se refere ao modo como os indivíduos gastam, identificando suas necessidades versus vontades, e estabelecendo práticas financeiras equilibradas.
A relevância de internalizar essa perspectiva desde a infância é tão grande que, em 2020, o Ministério da Educação incluiu a educação financeira na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), reconhecendo-a como essencial para a trajetória de jovens e adolescentes.
Como é que funciona a educação financeira infantil?
O cerne da educação financeira voltada para os pequenos está em transformar antigos padrões de comportamento relacionados ao uso do dinheiro.
Contrariando o que muitos podem acreditar, educar financeiramente as crianças não é sobre ensinar uma matéria específica, mas sim oferecer orientação. Essa instrução pode estar presente em aulas de matemática, língua portuguesa, ciências sociais, entre outras.
Embora essa integração seja relevante, as escolas ainda podem proporcionar uma matéria optativa que se aprofunda nesse tema, proporcionando uma imersão na educação financeira desde cedo, utilizando recursos pedagógicos especializados.
Aqui estão algumas metas centrais da instrução financeira para crianças:
- Entender que o dinheiro não surge magicamente.
- Reconhecer onde e como investir, evitando desperdícios.
- Cultivar o hábito de poupar visando objetivos.
- Reconhecer a importância da economia pensando no amanhã.
- Avaliar formas de estabelecer um fundo de reserva e administrar seus recursos.
Qual a importância da educação financeira para crianças?
É indiscutível que instruir uma criança sobre finanças é um dos mais valiosos legados que você pode ofertar ao seu descendente para seu futuro.
No entanto, essa percepção é relativamente recente. Muitos, no passado, não receberam a devida orientação sobre gestão financeira. De fato, uma pesquisa do Ibope indica que apenas 21% dos brasileiros foram introduzidos à educação financeira na infância.
E o impacto dessa falta de instrução? Muitos, ao enfrentarem desafios financeiros, acabam se voltando a alternativas como financiamentos caros, uso indiscriminado de cartões de crédito, empréstimos ou mesmo antecipação de benefícios.
Em suma, resolvem a questão imediata, mas não o cerne do problema.
Ao incorporar noções de finanças na formação das crianças, você não apenas equipa seu filho com ferramentas para uma gestão monetária eficaz, mas também o protege desses contratempos.
Mais que isso, ao ser financeiramente responsável, ele estará apto a se tornar um adulto que consome de forma ponderada e que tem um olhar atento à sustentabilidade e ao meio ambiente.
Desta maneira, com uma base sólida sobre o tema, seu filho estará mais capacitado para decisões ponderadas e escolhas mais acertadas no decorrer da vida.
Como ensinar a educação financeira infantil?
Para que os pequenos assimilem verdadeiramente os conceitos de educação financeira, é crucial que eles saibam definir propósitos e alvos para os recursos que ganham, cultivando o hábito de poupar e gerir seus próprios recursos.
Assim, priorize tarefas que fomentem habilidades de estratégia, ordenação e estipulação de alvos.
Na prática cotidiana, inspire as crianças a comparar preços do brinquedo que anseiam ter ou a somar os gastos de uma saída ao teatro, por exemplo.
A seguir, apresentamos algumas propostas de assuntos para orientá-lo no ensino de noções financeiras aos mais novos.
Necessário e supérfluo
Integrar noções de educação financeira na fase infantil é crucial não apenas para que a criança reconheça a importância do dinheiro, mas também para capacitá-la a utilizá-lo de forma sábia.
Pois nem tudo que está à venda traz um real benefício.
Neste cenário, é essencial distinguir entre o que é essencial e o que é dispensável.
O que é essencial se refere a itens ou serviços de grande relevância, muitas vezes urgentes, e que possuem um propósito prático.
Por outro lado, o dispensável pode não oferecer um valor tangível e, frequentemente, sua aquisição é impulsionada por caprichos ou influências externas.
O que é poupar e o que é investir
Ao compreender a origem do dinheiro e sua correta aplicação, a criança assimila a relevância de guardar recursos visando objetivos e passa a entender os elementos de investimento.
Em outras palavras, a instrução financeira na infância direciona a criança para um futuro financeiro mais equilibrado.
Com a percepção de sua realidade financeira e a habilidade de gerenciar seus meios, a criança está mais bem equipada para trilhar o caminho da autonomia financeira no futuro, aprendendo não só a conservar seus recursos, mas também a ampliar sua riqueza.
Mostrar o valor do dinheiro
Quando seu filho anseia por um novo jogo eletrônico, um vestuário diferente ou um brinquedo inédito, ele realmente entende o custo associado? E como essa despesa afeta a estabilidade financeira da família?
Se, em sua casa, tópicos financeiros são discutidos abertamente com as crianças, é provável que ele tenha uma boa percepção do significado do dinheiro e esteja mais apto a entender as nuances associadas ao consumo.
Contudo, se finanças não são um tema rotineiramente abordado, atenção: o universo infantil está repleto de estímulos ao consumo, seja através de programas televisivos, publicidades, filmes, aplicativos e outras fontes.