“Desafios de quem empreende” não é apenas uma expressão, mas uma realidade vivenciada diariamente por aqueles que decidem trilhar o caminho do empreendedorismo.
Embora a jornada de construir um negócio possa ser repleta de recompensas, ela também vem acompanhada de obstáculos únicos.
Por isso, neste artigo, exploraremos os quatro principais desafios enfrentados por empreendedores e forneceremos insights sobre como superá-los.
Prepare-se para mergulhar profundamente na realidade do mundo empresarial e descobrir como triunfar sobre as adversidades.
Os 4 desafios de quem empreende
1. Gestão de pessoas
O capital humano é, frequentemente, reconhecido como a espinha dorsal de qualquer organização bem-sucedida.
Isso foi confirmado por uma pesquisa recente, onde a gestão de pessoas obteve uma avaliação de 6,7 em uma escala que vai até 10 entre os Empreendedores Gerais, uma categoria que engloba a vasta maioria dos empreendedores no Brasil.
Em suma, esta métrica evidencia a intensidade dos desafios enfrentados por esses profissionais.
Não somente entre esses empreendedores, mas todos os segmentos participantes da pesquisa identificaram a gestão de pessoas como um desafio significativo.
Ao se aprofundar no amplo espectro da gestão de pessoas, a pesquisa revelou que a principal área de preocupação para os empreendedores é o desenvolvimento de líderes dentro de suas organizações.
Intrigantemente, apesar dessa expressiva preocupação, quando questionados sobre práticas gerenciais que adotam regularmente, “ações de desenvolvimento de lideranças” foi citada como a penúltima das 11 opções fornecidas.
É inegável que líderes robustos e eficazes são vitais para o sucesso e a direção de qualquer empresa. Sem uma liderança firme e visionária, uma organização pode se encontrar estagnada ou, pior, retrocedendo.
Portanto, para superar esses desafios manifestos, é imperativo que as empresas coloquem uma ênfase renovada no investimento e na implementação de estratégias voltadas para a formação e desenvolvimento de líderes competentes.
2. Gestão financeira
Em tempos de prosperidade, as finanças corporativas já são complexas por natureza. Mas quando a economia mergulha em uma crise, a gestão financeira de uma empresa se transforma em uma tarefa ainda mais difícil.
Esta realidade é evidenciada pelo feedback consistente, e preocupante, de diversos grupos de empreendedores participantes de uma recente pesquisa.
E, de forma não surpreendente, o grupo de Alto Impacto, que normalmente lida com escalas de crescimento mais aceleradas e pressões maiores, foi o que avaliou o desafio com a nota mais elevada, alcançando 6,6 em uma escala até 10.
Para acentuar ainda mais a gravidade da situação, quase metade dos Empreendedores Gerais, ao discutir sobre desafios financeiros, relatou que os custos operacionais de suas empresas estão crescendo a um ritmo mais acelerado do que suas respectivas receitas.
Esse descompasso financeiro é um indicativo alarmante do impacto corrosivo da inflação recente e da pressão que está colocando sobre as margens de lucro das empresas.
Diante desse panorama, fica evidente que os empreendedores estão enfrentando um período excepcionalmente desafiador, em que a necessidade de soluções financeiras inovadoras e estratégias de custo eficaz nunca foi tão crítica.
3. Burocracia (Jurídico e regulação)
De fato, a eterna queixa contra a burocracia nos negócios é quase um mantra entre os empreendedores. Uma constante que parece ser uma companheira incômoda e inevitável na jornada empresarial.
No entanto, o que é particularmente intrigante é a divergência percebida entre os Empreendedores Gerais e o grupo de Alto Impacto.
Com uma nota média de dor de 6,5, a burocracia pesa mais fortemente sobre os Empreendedores Gerais em comparação com uma nota mais branda de 5,6 do grupo de Alto Impacto.
Esta discrepância pode ser parcialmente esclarecida ao se observar as tendências de crescimento entre os dois grupos.
Os Empreendedores Gerais, que viram uma retração média de 16,8% em termos de pessoal ao longo de três anos, possivelmente enfrentam desafios de escala menores, mas são mais afetados pelas complexidades burocráticas.
Em contraste, o grupo de Alto Impacto, que registrou um impressionante crescimento médio de 39% ao ano em receitas ao longo de cinco anos, tem seu foco deslocado para desafios inerentes à rápida expansão, relegando as preocupações burocráticas a uma prioridade secundária.
No entanto, dentro do espectro da burocracia, há um inimigo familiar que se destaca: os impostos.
Uma impressionante maioria de 60% dos Empreendedores Gerais classificou os desafios fiscais como sendo de magnitude “extrema”. Destacando a pressão contínua e muitas vezes esmagadora que o sistema tributário impõe sobre os negócios.
A clareza desse sentimento ressoa com a urgência de uma reforma que possa aliviar essas dores e permitir que os empreendedores se concentrem em crescer e inovar, em vez de se emaranhar em teias burocráticas.
4. Inovação
Em suma, inovar é um dos pilares centrais para o crescimento e a sustentabilidade de qualquer negócio.
No entanto, a revelação de que o desenvolvimento de novos produtos e serviços é percebido como a barreira mais significativa à inovação. Especialmente pelos Empreendedores Gerais, lança luz sobre a complexidade do cenário empresarial atual.
O desafio se torna ainda mais acentuado no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), onde a média de dor é de 6,4 – destacando a necessidade de inovação nesse campo em rápida evolução.
De fato, o foco específico nos empreendedores do setor TIC no relatório da pesquisa é revelador. Com a ajuda da JPMorgan Chase Foundation, o relatório se aprofunda nos desafios singulares que as empresas de TIC enfrentam.
E, ao fazê-lo, destaca um padrão interessante. As empresas do setor que demonstram um alto potencial de crescimento não estão apenas procurando incorporar inovações tecnológicas.
Estão priorizando e incentivando profissionais que têm a capacidade de pensar fora da caixa, abordar problemas de maneiras novas e dinâmicas. E, assim, impulsionar a inovação de dentro para fora.